" Rosa Antuña exemplifica o sentido mais pleno de uma espécie de beleza." / "Rosa Antuña exemplifies the fullest sense of beauty." O Estado de São Paulo

" Mais que bailarina, uma artista em plenitude." / "More than a dancer, an artist in plenitude."
Hoje em Dia - Belo Horizonte, MG

“ Vale salientar o refinamento de Rosa Antuña, que também fala, canta e toca instrumentos, habilidades que se somam para projetá-la entre as melhores bailarinas do País.” / "It is noteworthy to point out the refinement of Rosa Antuña, who speaks, sings and plays instruments, skills that combine to project her amongst the best dancers within the country."
O Estado de São Paulo

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terça-feira, 4 de agosto de 2015

AGENDA - 2015

* 20 de novembro - A MULHER QUE CUSPIU A MAÇÃ - Odin Teatret - Holstebro, Dinamarca
* 22 de setembro - A MULHER QUE CUSPIU A MAÇÃ - CenaMúsica - CRModa - Belo Horizonte - 19:00hs - gratuito
* 1 e 2 de setembro - OFICINA ARTE-INTEGRADA - Ocupação Diálogos - Funarte - BH - de 19:00hs às 21:00hs -= gratuito
* 30 de agosto - A MULHER QUE CUSPIU A MAÇÃ - CenaMúsica - Teatro Francisco Nunes - Belo Horizonte - 19:00hs - gratuito
* 27 e 28 de agosto - A MULHER QUE CUSPIU A MAÇÃ - Ocupação Diálogos - Funarte - Belo Horizonte - 20:00hs - ingressos 5,00 e 2,50 reais
* 25 e 26 de agosto - OFICINA ARTE-INTEGRADA - Ocupação Diálogos - Funarte - BH - de 19:00hs às 21:00hs - gratuito
* 20 de agosto - A MULHER QUE CUSPIU A MAÇÃ - Cena Música - Centro Cultural Vila Santa Rita - Belo Horizonte - gratuito
* 18 de agosto - A MULHER QUE CUSPIU A MAÇÃ - Cena Música - Centro Cultural jardim Guanabara - Belo Horizonte - gratuito
* 8 e 9 de agosto - O VESTIDO - Ocupação Diálogos - Funarte - Belo Horizonte - sábado 20:00hs e domingo 19:00hs - ingressos 5,00 e 2,50 reais
* 6 e 7 de agosto - OFICINA ARTE INTEGRADA - Funarte - Belo Horizonte - de 19:00hs às 21:00hs - gratuito
* 17 de julho - A MULHER QUE CUSPIU A MAÇÃ - CenaMúsica/ Noturno nos Museus - CRModa - Belo Horizonte - 21:00h - gratuito
* 7, 8, 9 e 10 de maio - ESTREIA : A MULHER QUE CUSPIU A MAÇÃ - CCBB - Belo Horizonte - ingressos 10,00 e 5,00 reais
* 22, 23 e 24 de abril - TRILOGIA DO FEMININO - 22 Mulher Selvagem ; 23 O Vestido; 24 A Mulher que Cuspiu a Maçã (pre-estreia) - Teatro da Caixa - Brasília

foto: Marco Aurélio Prates

domingo, 5 de abril de 2015

Trilogia do Feminino

A pesquisa sobre o universo feminino começou em 2008, com a leitura do livro “Mulheres que Correm com os Lobos”, de Clarissa Pinkola Estes.

Sem dúvida essa pesquisa e o amadurecimento da artista caminham de mãos dadas.
A Trilogia procura trazer para o palco etapas do desenvolvimento consciencial da mulher, começando pelo resgate de si mesma, aceitação da sua força e poder, passando em seguida por escolhas inevitáveis que determinarão o caminho a ser percorrido em sua vida. Escolhas que passam a ser conscientes e não mais seguindo os padrões machistas e repetitivos que conhecemos. A partir daí, a mulher se vê no mundo e percebe que seu posicionamento é fundamental para que realmente haja uma mudança na sociedade. A mulher passa a ver a questão do feminino de maneira mais abrangente. Sai do papel de vítima. Sai do papel panfletário e se vê como um grande agente modificador no mundo.
Ela não vê mais o homem de hoje como um vilão e sim como alguém aprisionado em um padrão comportamental tão antigo quanto os dogmas da Igreja.
Ela vê o feminino como algo inerente à sociedade saudável. O feminino foi tão massacrado nela quanto nos homens.

E no encerramento da “Trilogia do Feminino” vemos a mulher como um ser pleno, que serve de exemplo saudável para uma sociedade doente.
 A mulher e o homem são importantes e merecem descobrir em harmonia o lugar de cada um em um mundo de relações cooperativas.

"Mulher Selvagem" foi inspirado no livro "Mulheres que Correm com os Lobos", de Clarissa Pínkola Estés e aborda o tema do resgate da "mulher selvagem", que seria a mulher saudável, livre e criativa que existe dentro de cada mulher.
Este solo teve sua estreia em 2010 e foi apresentado na Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, 1,2 na Dança, 13° Peça Bis e Mostra Klauss Vianna em Belo Horizonte (MG), Conexão Cacilda (Funarte) Rio de Janeiro, Aldeia SESC Pelourinho em Salvador, 2° Mova-se Festival de Dança em Manaus (AM), Circuito Cultural Ribeira (SESC) Natal (RN), Fórum Internacional de Dança de São José do Rio Preto (SP), SESC Ribeirão Preto (SP), 1° Diversidade em Dança em Viçosa (MG) e foi convidado para fazer a abertura do 4° Festival Internacional de Teatro de Dourados (MS).

"O Vestido" teve sua inspiração em um vestido de Ronaldo Fraga, estilista mineiro. A partir do vestido vieram estudos com livros de Lewis Carroll, Nietzshe e Freud, além dos filmes "Elizabeth" e "A Jovem Rainha Vitória". Em "O Vestido" é a mulher selvagem que guia a personagem a encontrar e vestir o vestido, dando início a um profundo processo de descoberta, consciência, ação e libertação.
Este trabalho foi apresentado em 2013, como work in progress no 7° Seminário Internacional de Dança de Joinville, no 1,2 na Dança em Belo Horizonte e no Satyrianas em São Paulo. Teve sua estreia em maio de 2014 em Belo Horizonte, partindo em seguida para Recife na 11a Mostra Brasileira de Dança e também no Encontro Nacional de Dança onde foi apresentado em Mossoró e Natal.

Tanto "Mulher Selvagem" quanto "O Vestido" tiveram direção e atuação de Rosa Antuña.

“A Mulher que Cuspiu a Maçã” é alguém que age. É alguém com uma nova consciência, que trilhou um caminho em busca de si mesma e descobriu toda a humanidade.
RESGATE de si mesma - ESCOLHA consciente - POSICIONAMENTO no mundo
Concepção de Rosa Antuña sob direção de Roberta Carreri.

fotógrafa: Duda Las Casas




Sinopse - A Mulher que Cuspiu a Maçã

A Mulher que Cuspiu a Maçã, dirigido por Roberta Carreri, encerra a "Trilogia do Feminino", de Rosa Antuña, que teve como primeiro trabalho o solo "Mulher Selvagem" com estreia em 2010 e em seguida o solo "O Vestido" com estreia em 2013.
A obra traz profundas questões do feminino e escancara frustrações, decepções, padrões e mazelas que caminham com as mulheres ao longo do desenvolvimento de sua história na humanidade.

É um espetáculo híbrido de dança, teatro, performance e sonoridades vocais, continuidade da pesquisa que Rosa Antuña vem desenvolvendo desde 2003.

fotógrafa: Duda Las Casas

Release - A Mulher que Cuspiu a Maçã

Um espetáculo solo com criação e atuação de Rosa Antuña, direção artística de Roberta Carreri e iluminação de Mário Nascimento.

A Mulher que Cuspiu a Maçã encerra a "Trilogia do Feminino", de Rosa Antuña, que teve como primeiro trabalho o solo "Mulher Selvagem" com estreia em 2010 e em seguida o solo "O Vestido" com estreia em 2013.
Foi o livro “A Cama na Varanda”, de Regina Navarro Lins, que provocou a criação deste trabalho. Para a conclusão do solo Rosa fez uma Residência Artística no Odin Teatret em Holstebro, Dinamarca, e foi dirigida pela atriz Roberta Carreri em dezembro de 2014.
A obra traz profundas questões do feminino e escancara frustrações, decepções, padrões e mazelas que caminham com as mulheres ao longo do desenvolvimento de sua história na humanidade. Há também um questionamento sobre o comportamento da mulher nos dias de hoje e sobre as espectativas de relacionamentos românticos às quais muitas mulheres ainda estão condicionadas.
Com 45 minutos de duração e uma trilha sonora que vai de Nouvelle Vague a Massive Attack, passando por divas do Blues como Dinah Shore, Esther Phillips, Dinah Washington e Big Mama Thornton, temos em cena um espetáculo híbrido de dança, teatro, performance e sonoridades vocais, continuidade da pesquisa que Rosa Antuña vem desenvolvendo desde 2003.

Duração: 45 minutos

Censura: 12 anos

domingo, 29 de março de 2015

A Mulher que Cuspiu a Maçã

“O feminino tornou-se misterioso devido ao massacre ao qual foi sucumbido pelo patriarcado. A Igreja acabou com o feminino. O Deus único e tirano tornou-se modelo a ser seguido. Um modelo deturpado e incoerente. Um modelo criado por homens.
O patriarcado oprimiu violentamente a mulher em todos os níveis. Mas aprisionou os homens também num papel e padrão de comportamento específicos.
Este foi um mal tão profundo, que criou desdobramentos em nossa sociedade até os dias de hoje.
O resultado que tivemos foi uma sociedade falsa, culpada, doente, machista, destituída de prazer saudável, destituída da harmonia da vida.
E como se remove preconceito, culpa, crenças e dogmas da sociedade?
Através da mudança de um pensamento.
Conseguir que a sociedade evolua em relação à harmonia entre os sexos é um desafio a ser enfrentado. O que temos hoje são pessoas, agrupamentos, coletivos, pensadores que funcionam como um foco de lucidez social. O trabalho ainda é árduo.

“A Mulher que Cuspiu a Maçã” é um espetáculo que busca revelar a verdade de uma mulher de agora, livre de paradigmas e dona das suas próprias escolhas.”

Rosa Antuña

fotógrafa: Duda Las Casas

A Mulher que Cuspiu a Maçã - Ficha Técnica / credits

Concepção e Atuação/ creation and acting: Rosa Antuña

Direção/ direction: Roberta Carreri

Figurino/ costume : Rosa Antuña

Trilha (compilação) /sound treck : Rosa Antuña

Luz/ light designer : Mário Nascimento

Produção/producer : 
Dri Sodré


Apoio/ support: 
Stúdio It, Cia MN












Fotógrafa: Duda Las Casas

A Mulher que Cuspiu a Maçã - histórico de apresentações

2015
- 20 de novembro - Holstebro, Dinamarca - Odin Teatret
- 22 de setembro - Belo Horizonte - CRModa
- 30 de agosto - Belo Horizonte - Teatro Francisco Nunes
- 27 e 28 de agosto - Belo Horizonte - Funarte
- 20 de agosto - Belo Horizonte
- 18 de agosto - Belo Horizonte
- 17 de julho - Belo Horizonte - CRModa
- 7, 8, 9 e 10 de maio - Estreia - Belo Horizonte - CCBB
- 24 de abril - Pre-estreia - Brasília - Teatro da Caixa

2014
- 12 e 15 de dezembro - work in progress na sede do Odin Teatret - Holstebro, Dinamarca

fotógrafa: Duda Las Casas

sábado, 21 de março de 2015

Fotos : A Mulher que Cuspiu a Maçã / The Woman Who Spat Out the Apple


 foto: Duda Las Casas

foto: Duda Las Casas

foto: Duda Las Casas

O Encontro com Roberta Carreri


Agora, nessa nova montagem, Rosa Antuña sentiu a necessidade de aprimoramento de técnicas cênicas e artísticas, partindo então para uma residência no Odin Teatret, em Holstebro, na Dinamarca, sob a orientação da atriz Roberta Carreri.

Seu primeiro contato com esta Companhia foi em dezembro de 2008, em Brasília, quando a artista participou da Primeira Imersão com Eugênio Barba, diretor do Odin Teatret e da atriz Júlia Varley.

Em janeiro de 2013, no Rio de Janeiro, participou do Workshop "A Dança das Intenções" de Roberta Carreri, atriz do Odin há 40 anos. E neste primeiro contato, Rosa Antuña sentiu uma profunda identificação artística com ela. Em janeiro de 2014, fez o módulo aprofundamento de "A Dança das Intenções", novamente no Rio de Janeiro, com Roberta Carreri. E em março do mesmo ano participou do Odin Week, seminário internacional na sede do Odin Teatret, na Dinamarca. Foram dez dias de imersão, assistindo peças do repertório do Odin, filmes sobre eles, palestras, conversas e workshops com todos os artistas da Companhia. Chegando ao final dessa experiência Rosa Antuña fez o convite à Roberta Carreri, para orientá-la em seu próximo trabalho solo “A Mulher que Cuspiu a Maçã”. 

foto Duda Las Casas

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Roberta Carreri

Atriz, professora, diretora, escritora e organizadora de eventos teatrais. Nasce em Milão em 1953, onde se forma em “Gráfica Publicitária” e estuda História da Arte. Passa a integrar o Odin Teatret em 1974. Desde então, participa de mais de 20 espetáculos dirigidos por Eugenio Barba – fundador e diretor do Odin Teatret –  e apresentados em dezenas de países do Ocidente e do Oriente. Faz parte da ISTA (International School of Theatre Anthropology) desde 1979, tendo estudado técnicas performativas japonesas, indianas, balinesas e chinesas. Entre 1980 e 1986, estuda com mestres japoneses como Katsuko Azuma, Natsu Nakajima e Kazuo Ohno. Dá aulas para atores de vários países e apresenta sua “autobiografia profissional”, Pegadas na Neve, como demonstração de seu método de trabalho. Desde 1989, organiza e dirige anualmente a Odin Week Festival. Em 2007, publica na Itália seu livro Rastros: treinamento e história de uma atriz do Odin Teatret, no qual volta a percorrer os principais aspectos de sua vida teatral. Possui inúmeros artigos publicados em revistas e jornais estrangeiros. Em 2009, dirige o espetáculo Rumor, com Cinzia Ciaramicoli, para a companhia Masakini Theatre (Malásia). Suas experiências profissionais estão reunidas no livro The Actor’s Way, organizado por Erik Exe Christofferson.



foto: Duda Las Casas

ODIN TEATRET - NORDISKTEATERLABORATORIUM



O Odin Teatret foi fundado em 1964 em Oslo, na Noruega. Em 1966 transferiu-se para Holstebro, Dinamarca, e se transformou em Nordisk Teaterlaboratorium. Atualmente, os 24 membros do Odin provêm de dez países e três continentes.
Hoje, as principais atividades do Laboratório incluem: espetáculos apresentados na própria sede e em turnês, "trocas" feitas em diversos contextos, na Dinamarca e no exterior, organização de encontros internacionais de grupos de teatro; hospitalidade para companhias e grupos de teatro e dança; Odin Week Festival anual; publicação de revistas e livros; produção de filmes e vídeos didáticos; pesquisas no campo da Antropologia Teatral durante as sessões da ISTA (International School of Theatre Anthropology); Universidade do Teatro Eurasiano; produção de espetáculos com o ensemble multicultural do Theatrum Mundi; colaboração com CTLS (Centre for Theatre Laboratory Studies) da Universidade de Arhus, com a qual organiza regularmente a The Midsummer Dream School; OTA (Odin Teatret Archives), os arquivos vivos da memória do Odin; WIN, Prática para Navegantes Interculturais; artistas em residência; espetáculos para crianças; exposições; concertos; mesas redondas; iniciativas culturais e projetos especiais para a comunidade de Holstebro e de seu entorno, etc.

Os 50 anos do Odin Teatret como laboratório favoreceram o crescimento de um ambiente profissional e de estudo, caracterizado por diversas atividades interdisciplinares e colaborações internacionais. Um campo de pesquisa fecundo é a ISTA, que desde 1979 tornou-se uma aldeia teatral onde atores e dançarinos de diversas culturas encontram estudiosos para investigar, confrontar e aprimorar os fundamentos técnicos de sua presença cênica. Outro campo de ação é constituído pelo Theatrum Mundi, que desde 1981 apresentou espetáculos com um núcleo permanente de artistas de tradições e estilos diferentes.

O Odin Teatret criou 74 espetáculos que viajaram por 63 países em contextos sociais diferentes. Durante essas experiências, desenvolveu-se uma cultura específica do Odin, baseada na diversidade e na prática da "troca": os atores do grupo se apresentam com seu trabalho artístico à comunidade que os recebe e, em troca, ela responde com cantos, músicas e danças que pertencem à sua própria tradição. A "troca" é uma espécie de permuta, ou escambo, de manifestações culturais, e não só oferece uma compreensão das formas expressivas alheias como também dá início a uma interação social que desafia preconceitos, dificuldades linguísticas e divergências de pensamento, juízo e comportamento.

www.odinteatret.dk 
foto: Duda Las Casas

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Odin Teatret - A Residência Artística

Odin Teatret - foto : Duda Las Casas
A oportunidade de fazer a Residência Artística no Odin Teatret, em Holstebro, Dinamarca, foi sem dúvida, um divisor de águas na minha carreira. Foram 20 dias onde fiquei hospedada na sede do Odin. Minha rotina foi mais ou menos assim: participei de um workshop de duas semanas com Roberta Carreri todos os dias de 8:00hs às 10:00hs. Participavam também do workshop os atores do Altamira Studio, que tem o apoio logístico do Odin. Em seguida tinha meu ensaio com ela até 13:30hs. Uma hora de pausa para fazermos o almoço. E às 14:30hs era o ensaio de duas atrizes(Carolina Pizzaro e Giulia Varotto) que também estavam sendo dirigidas por ela. Eu apoiava o ensaio delas no que fosse necessário, assim como elas me apoiavam no meu horário. O ensaio delas ia até às 17:30hs. Era a conta de comer, descansar um pouco, limpar o teatro e voltar pro estúdio para trabalhar nas correções e tarefas cênicas que Roberta pedia para o dia seguinte. Eu ficava até umas 22:00hs trabalhando. Alguns dias ia até mais tarde. Um dia fui até a uma da madrugada!
Banho e dormir.
minhas queridas colegas Carolina Pizarro e Giulia Varotto - foto: Duda Las Casas


Foram 3 semanas intensas. A primeira foi a mais difícil. Senti muita dor no corpo e um estado de esgotamento profundo. Foi também na primeira semana onde me encontrei em “estado de processo criativo” mergulhada em algum lugar dentro de mim, alinhavando as cenas do espetáculo. Também tenho muita dificuldade para dormir cedo, o que dificultava, pois eu estava dormindo muito pouco.
As semanas seguintes foram para fixar as coreografias e trabalhar inúmeros detalhes e nuances da atuação.
Fiz duas apresentações do solo abertas ao público e aos artistas e atores do Odin. Uma honra poder me apresentar ali na sede deles, com 50 anos de história gravada naquelas paredes... Durante minha apresentação eu tinha dúvida se aquilo era mesmo real... nunca pensei que um dia eu teria os atores do Odin Teatret na plateia!

E quanto ao trabalho diário com a Roberta... não tenho palavras... ser dirigida por uma mestra é uma honra. É um prazer. É uma grande oportunidade de aprendizado. E esse aprendizado acontece em um nível muito profundo. Ele acontece no nível do silêncio. O olhar dela me ensinava. As ações dela me ensinavam. As palavras dela me ensinaram muito. Mas o seu silêncio me tocou profundamente.

À Roberta Carreri e ao Odin Teatret, minha eterna gratidão.

eu e Roberta - foto : Duda Las Casas

FOTOS - Residência Artística no Odin Teatret - dez 2015

Residência Artística no Odin Teatret - Criação de "A Mulher que Cuspiu a Maçã" - direção Roberta Carreri

*todas as fotos são de Duda Las Casas




























foto: Duda Las Casas